Excedentes do pré-sal são boa oportunidade, diz Petrobras
A contratação direta por parte do governo federal para que a Petrobras explore e produza os volumes de petróleo excedente em quatro das áreas do pré-sal, da ordem de 10 a 15 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural) “vai garantir a sustentabilidade da produção de petróleo da companhia no patamar de 4 milhões de barris por dia e representa uma excelente oportunidade para a estatal, por tratar de áreas com grande potencial de acumulação de petróleo já conhecido e comprovado”.
A opinião foi emitida em nota oficial da petrolífera brasileira, divulgada neste final de semana, onde a estatal informa que o contrato não impactará materialmente a financiabilidade do Plano de Negócios e Gestão 2014-2018.
Segundo a nota, “o caixa da Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2014, com R$ 78,5 bilhões e o bônus de R$ 2 bilhões a ser pago ao governo, para ter direito a produzir nestas áreas não exigirá novas captações no ano”.
A empresa confirmou que, complementarmente aos R$ 2 bilhões, terá que desembolsar R$ 13 bilhões de 2015 a 2018, a título de antecipação de óleo lucro da União, que também “não impactam materialmente os indicadores de endividamento da companhia nesse período, os quais iniciarão sua trajetória de queda com o crescimento da produção de petróleo já em 2014”.
A autorização para a contratação direta da Petrobras para a produção de volumes excedentes em quatro áreas do pré-sal, nos termos da Lei da Partilha de Produção de Petróleo, promulgada em dezembro de 2010 – que dispõe sobre a exploração e a produção no pré-sal brasileiro – foi dada pelo governo federal no último dia 24 de junho.
Esse volume excedente se somará aos 5 bilhões de barris já contratados em 2010 pela Petrobras sob o regime de Cessão Onerosa.
As áreas do pré-sal que terão excedentes contratados são Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.
Com volume estimado entre 9,8 e 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), essas áreas possuem baixo risco exploratório.
Fonte: Agência Brasil