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HRT, de Nelson Tanure, demite e corta salários altos

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A nova gestão da empresa de petróleo HRT, do empresário Nelson Tanure, promoveu cortes drásticos com muita discrição. A subsidiária Ipex, que deu origem à empresa, tinha uma perda anual de US$ 3 milhões. O laboratório fabricava prejuízos em vez de pesquisas e análises. Os novos gestores descobriram salários muitos elevados. Um profissional ganhava US$ 35 mil, fora benefícios. No mercado brasileiro, esse profissional, com muito esforço receberia US$ 9 mil . No total, foram demitidas 50 pessoas na empresa e gerências foram eliminadas. Havia sobreposição de funções. Da mesma forma, os executivos gastavam tempo e dinheiro em almoços caros no Rio de Janeiro. A conta, de US$ 300 por pessoa, era paga pela HRT. A crise de desconfiança, que levou a ação cair mais de 95% desde o IPO vai, aos poucos, substituída por uma aposta na recuperação da empresa. A rigorosa Empiricus Research, que traçou um cenário sombrio na hipótese de vitória da presidente Dilma Rousseff, apontou a HRTP3 como ação para ficar milionário em função das boas perspectivas. “Como ponto positivo, enxergamos a compra da totalidade de Polvo (Bacia de Campos, RJ) como mais uma indicação de que, a partir de avanços adicionais necessários, a companhia pode equilibrar-se do ponto de vista de geração de caixa a partir por meio da exploração e produção de petróleo”. E o relatório mantem o tom confiante: “No resultado de abril a junho, entra na conta mais uma venda de 600 mil barris produzidos em Polvo, que vai gerar um EBITDA de US$ 15 milhões. Se a produção ficar em 10 mil barris por dia e o brent oscilar entre US$ 100 e US$ 110 no segundo semestre, o EBITDA atinge R$ 62 milhões em 2014”. Com isso, os tempos de empresa pré-operacional, investimentos duvidosos e salários exorbitantes ficaram para trás. A HRT, de Nelson Tanure, é uma nova companhia.

 

Paulo Roberto Cunha

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