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InfoMoney destaca alta de 20% da HRT, de Nelson Tanure

ouro

O influente jornal eletrônico InfoMoney registrou na noite de segunda-feira, dia 5, a surpreendente elevação de 20% dos papéis  da petroleira HRT sob a gestão de Nelson Tanure, apesar da recomendação de banco em cortar drasticamente o preço-alvo em 72%.

Registre-se que em 21 de fevereiro  o bem informado colunista de VEJA Lauro Jardim revelara, no Radar, a intenção de a HRT em adquirir todo o Campo de Polvo.

A bem da verdade, o Blog Ouro Negro reproduz toda a reportagem da InfoMoney para que seus leitores tirem suas próprias conclusões.

 

PAULO ROBERTO CUNHA

 

 

Infomoney

Em queda-livre de mais de 80% no acumulado de 12 meses, as ações da HRT Petróleo (HRTP3) deram um suspiro temporário nesta segunda-feira (5), ao fecharem com surpreendente alta de 19,05%, cotadas a R$ 0,75. O movimento chama ainda mais atenção se for levado em conta um relatório recente do HSBC, que reduziu sua projeção de preço-alvo sobre os papéis da companhia pré-operacional em 72,86%, de R$ 1,40 para R$ 0,38.

Para defender a deterioração do cenário esperado, os analistas Luiz Carvalho e Filipe Gouveia afirmaram que os ativos da HRT na Namíbia e na bacia do Solimões ainda não têm valor. “No curto prazo, não esperamos que a empresa perfure outros poços nessas áreas; portanto, o panorama pode mudar somente em caso de uma redução em suas participações nos blocos exploratórios”, argumentam.

Tendo em vista a piora do cenário para a petrolífera na avaliação do HSBC, era de se esperar uma queda nos papéis. Durante o pregão desta segunda-feira, o InfoMoney investigou as possibilidades de ter ocorrido um short squeeze sobre os papéis da companhia que não se confirmou. O termo refere-se a momentos em que o preço de uma ação sobe de tal forma que os investidores que se posicionaram vendidos no papel buscam fechar suas posições, muitas vezes devido à escassez de aluguéis, o que impulsiona os papéis ainda mais.

Cruzando os gráficos do site Dados da Bolsa, que até a véspera mostravam volume de aluguéis na casa dos 9 milhões, com o teto 54 milhões estabelecido pela BM&FBovespa para os aluguéis de HRTP3, percebe-se uma folga na oferta de posições de aluguel sobre os papéis – fator que descarta a hipótese levantada.

Em meio a um cenário tão negativo, é difícil o mercado esperar por boas notícias. No entanto, foi isso que aconteceu com a HRT nesta sessão. Os rumores de que a empresa pode estar interessada em comprar os 40% de participação da Maersk sobre o campo de Polvo – o único que tem gerado receita para a HRT – em vez de vender os 60% que detém atualmente parecem começar a animar os investidores. Em matéria publicada na última sexta-feira (2), o blogueiro Geraldo Samor, da Veja, lembra da desistência da companhia, agora sob o comando de Nelson Tanure, em vender sua fatia à norueguesa BW Offshore, movimento que na época havia sido entendido como uma mudança de ideia por parte da suposta compradora.

Em seu texto, Samor ainda afirma que a companhia, que conta com aproximadamente R$ 300 milhões de caixa, deve receber um terço de todo esse valor somente neste trimestre, com a venda do segundo carregamento de petróleo do mesmo campo de Polvo. Rumores de que a estratégia de compra da HRT sobre o restante que não detém do empreendimento pode trazer resultados cada vez mais positivos para a companhia a ajudá-la à sua recuperação financeira têm circulado com maior frequência no mercado.

As informações ainda não tiveram qualquer confirmação, mas representam um pequeno alívio temporário para o drama da HRT. Do teto de R$ 1,37 registrado no fim de janeiro deste ano para o fechamento de hoje, as ações da petrolífera acumulam forte queda de 45,26%.

 

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