Petrobras e Sete Brasil fecham acordo para salvar a empresa de sondas
A Petrobras e a Sete Brasil fecharam nesta sexta-feira (28) um acordo para salvar a empresa de sondas de perfuração de petróleo criada pelo governo Dilma Rousseff.
O contrato de aluguel dos navios deve ser assinado na semana que vem e fecha uma quebra de braço entre a área técnica da Petrobras e a companhia.
O número de sondas previsto no projeto caiu das 28 inicialmente previstas para 19 —15 da Sete Brasil e quatro para os japoneses da Kawasaki.
A Sete Brasil cedeu às exigências da Petrobras e vai operar apenas cinco dessas sondas e cobrar por isso.
A empresa vinha pedindo para operar sete sondas, argumentando que desistir de duas sondas significaria um prejuízo de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões e quase anulariam o retorno ao acionista.
O acordo foi selado após reunião entre o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e representantes dos principais sócios da Sete Brasil, os bancos BTG, Bradesco, Santander e os fundos FI-FGTS, Previ, entre outros.
O encontro ocorreu nesta sexta-feira (27) na sede da Petrobras em São Paulo.
A Sete Brasil ainda precisa definir como se viabilizará financeiramente. O tempo é um vilão.
A companhia só tem dinheiro em caixa para pagar funcionários, impostos e outros custos administrativos até, no máximo, o primeiro trimestre do próximo ano.
Uma vez assinado o contrato com a Petrobras, a Sete Brasil vai solicitar aos bancos credores mais prazos para pagar suas dívidas que somam R$ 14 bilhões.
Os principais credores da empresa —Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa— já haviam executado suas garantias junto ao Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN)
É provável que os bancos atendam ao pedido da Sete, porque alguns deles, como Bradesco e Santander e Caixa (atráves do FI-FGTS), também são sócios da empresa.
A Sete Brasil ainda vai precisar de uma injeção de capital para se viabilizar, que deve vir de um dos novos operadores que está entrando no negócio. A expectativa é que esse novo sócio coloque R$ 1,9 bilhão na companhia.
Fonte: Uol