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Petrobras sobe e contém queda da Bolsa brasileira; dólar avança

 ouro2A Bolsa brasileira opera em queda nesta sexta-feira (9), com as ações da Petrobras impedindo uma desvalorização maior do mercado acionário nacional, após nova pesquisa apontar diminuição nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff.

Às 11h12, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,10%, a 53.371 pontos.

As ações da Petrobras operam em alta nesta sexta-feira. Às 11h13, os papéis preferenciais, os mais negociados, subiam 0,72%, a R$ 18,01, enquanto os ordinários, com direito a voto, tinham alta de 0,89%, a R$ 16,97.

Para analistas, o movimento de alta da petrolífera é reflexo da divulgação da pesquisa do Datafolha, que mostrou diminuição na chance de a presidente Dilma Rousseff vencer no primeiro turno a eleição de 5 de outubro.

Segundo o Datafolha, Dilma aparece com 37% das intenções de voto, seguida por Aécio, com 20% –que tinha 16% no início de abril.

Apesar de ter variado na margem de erro, a curva de Dilma não é estável. Ela tem recuado gradualmente nos levantamentos do Datafolha -enquanto seus dois principais rivais estão em ascensão.

“A pesquisa é boa, pois mostra um embate maior e a possibilidade de segundo turno com mais força. Isso agrada aos investidores, pois eles estão insatisfeitos com a política do atual governo”, avalia Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora.

Apesar da alta da Petrobras , a tendência da Bolsa é de baixa nesta sexta-feira, em função de um movimento de realização de lucro por parte dos investidores. “Hoje ainda é um dia de realização, o que não é ruim, caso a Bolsa se consolide nesse patamar de 53 mil pontos”, diz Cardoso.

Ainda no cenário doméstico, o índice oficial de inflação (IPCA) desacelerou em abril em relação a março, quando avançou 0,92%, na maior alta para o mês desde 2003.

O IPCA subiu 0,67% em abril e fechou o quadrimestre com alta de 2,86%. No acumulado dos últimos 12 meses, o avanço ficou em 6,28% -pouco abaixo do topo da meta do governo para 2014, de 6,5%.

“O IPCA ajuda também a limitar a queda da Bolsa, pois uma desaceleração indica que o Banco Central pode deixar os juros inalterados na reunião de maio”, avalia Eduardo Velho, economista-chefe da Invx Global.

A BM&FBovespa anunciou na quinta-feira resultado do primeiro trimestre do ano, no qual obteve lucro de R$ 256,1 milhões, queda de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O resultado faz com que as ações da empresa caiam 1,53%, a R$ 11,55, nesta sexta.

No exterior, a China divulgou dados de inflação . Os preços ao consumidor no país subiram 1,8% em abril ante o ano anterior enquanto que os preços ao produtor caíram 2,0%.

Embora os números tenham ficado em linha com previsões, ainda foi o aumento mais lento nos preços ao consumidor em 18 meses, enquanto a deflação ao produtor persistiu, salientando uma demanda fraca.

Os mercados acionários também operam em baixa nesta sexta. “Lá fora está tendo uma pequena realização em função das altas acumuladas nos últimos pregões, e a Bolsa brasileira é muito influenciada pelo exterior”, diz Velho.

DÓLAR

O dólar opera em alta ante o real nesta sexta-feira. Às 11h14, o dólar à vista, referência no mercado financeiro , subia 0,80%, a R$ 2,222. O dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 0,40%, a R$ 2,223.

O Banco Central deu continuidade às suas intervenções diárias e ofereceu 4.000 contratos de swap cambial –equivalentes à venda futura de dólares– ao mercado, vendendo 1.200 com vencimento em 1º de dezembro deste ano e 2.800 em 2 de março de 2015. A operação somou US$ 198,5 milhões.

No fim da manhã, serão ofertados até 5.000 contratos de swap com vencimentos em 1º de abril e 1º de junho do próximo ano. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 10% do lote total que vence em 2 de junho, equivalente a US$ 9,653 bilhões.

Fonte: Ecofinanças

 

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