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Petrobras tem prejuízo de US$ 23 milhões em apenas 3 dias

Em nota distribuída na noite desta quarta (4), a empresa informou que a perda de produção na terça e quarta chegou a 318 mil barris devido a greve dos petroleiros. Na segunda, havia sido de 273 mil barris.

Somando os três dias, a perda de receita é de cerca de US$ 23 milhões, considerando o preço médio de exportação do petróleo brasileiro em setembro (US$ 38,7 por barril).

Nesta quarta, chegou a 48 o número de plataformas da Bacia de Campos com trabalhadores em greve, segundo balanço do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

A Petrobras informou que vem tomando as medidas necessárias para manter as atividades. Na pratica, há equipes de contingência operando plataformas e refinarias.

A agência de classificação de risco Standard & Poors afirmou que a prolongação da greve dos petroleiros pode impactar a nota de crédito da Petrobras, que foi rebaixada em setembro deste ano para grau especulativo.

No momento, diz a agência, não há impacto na avaliação da estatal. “A duração da greve e seu impacto na curva de produção ainda são incertos”, afirmou, em nota distribuída ao mercado.

O texto ressalva, porém, que “caso se prolongue, a greve deverá aumentar os desafios da empresa para aumentar sua produção, materializar seu plano de desinvestimentos e desalavancar seu balanço, podendo impactar na nossa avaliação de perfil de crédito”.

O prejuízo, por enquanto é pequeno, e não tem afetado o desempenho das ações da companhia, comenta o analista Flávio Conde, do site Whatscall.

“Agora, se a greve durar mais de duas semanas, afetando diariamente a produção, os investidores poderiam precificar os efeitos negativos”, diz ele.

A avaliação na companhia é que o confronto é de difícil solução, uma vez que a pauta de reivindicações é contra as medidas adotadas nos últimos meses para enfrentar a crise.

Em sua “Pauta pelo Brasil”, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) pede a readmissão de empregados que aderiram ao último plano de desligamento voluntário, a suspensão da venda de ativos e a retomada dos investimentos aos níveis de 2008 a 2013, antes da crise.

A FUP concentra 13 sindicatos de trabalhadores da estatal e se recusa a discutir reajuste salarial. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) apoia a pauta política, mas já indicou que quer um reajuste de 18% – a Petrobras ofereceu 8,11%.

Fonte: Uol

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